sexta-feira, 20 de julho de 2007

Faça vc mesma!


Tanto se fala na importância do amor... Do quanto ele é essencial em nossas vidas, em como nada tem graça sem ele, e como é obscura a vidinha dos que não o tem, blablabla... O que eu acho disso? Concordo, porém discordo!
Vamos por partes. Que tipo de amor vc se refere? O amor por aquele cara maravilhoso que te deu um pé na bunda e vc não consegue esquecer? Ou por aquele seu colega de trabalho que vive te olhando mas não toma inciativa nenhuma? Amor pela sua família (que mesmo sendo um bando de loucos e te deixarem tão louca qto eles, ainda assim vc os ama). Amor pelas suas coisas materiais, seu trabalho, pelo esporte, por filme de terror ou por aquele opala 76 zeraaaado que vc herdou do seu avô e agora virou uma super-máquina pra azarar as gatinhas na rua (sim, tem gente que ama isso!)... Não importa, a verdade é que o amor não é só aquela coisa "água com açúcar" de ficar suspirando qdo aquele cara, que só vc consegue achar bonito, passa ao seu lado, e vc logo começa a imaginar qual seria o nome dos seus filhos... Ou aceitar que aquele imbecil que vc namora é mesmo um imbecil, mas continuar com ele mesmo assim pq vc não sabe mais viver sozinha... Bléééééééé. As pessoas falam tanto que é necessário amar, que não é possível ser feliz sozinho. E eu sou do time das que discordam, e tenho a mais absoluta certeza de que sábio foi quem inventou a velha "antes só do que mal acompanhado". Na certa era um cara que se cansou da boemia, das futilidades, de ignorância, e encontrou o verdadeiro (e o mais piegas, confesso!) dos amores: o próprio!- (eu me daria tão bem com esse cara se ele ainda fosse vivo! rsrs).
Amar o próximo é lindo... Mas lindo mesmo é o tão falado amor-próprio. Mesmo com meu nariz de bolinha (recauchutado! rs), minhas bordas-recheadas de catupiry, meu aparelho nos dentes e meu cabelo sem volume, e sendo a pior das criaturas quando estou em TPM, eu tenho lá minha graça. Todos temos. Tudo bem que é desenho, mas atire a primeira pedra quem nunca se pegou apaixonadinha por um Shrek! Quem me garante que eu, com meu cabelo sem-graça e meu sorriso aparelhado, não arranco suspiros de algum maluco? Ou vc, com essa bunda cheia de celulite ou com a careca já em destaque não seja o sonho de consumo de alguém? Não é hipocrisia, mas esse papo de "se amar" funciona...
Com frequência minhas amigas me dizem que tô ficando velha, que sou fresca, enjoada, que não gosto de nada... Tudo bem, elas tem uma certa razão (na parte do ficar velha e fresca principalmente), mas me desculpem, tem dias em que somente a minha própria companhia (juntamente com meu nariz boludo e meu cabelo ensoso) são melhores do que qquer baladinha.
E pensando muito nesse monte de ladaínha foi que eu descobri que quando a gente pára de procurar desesperadamente por um amor, a gente percebe que pode amar qualquer coisa. Eu posso amar meu cachorro, minhas amigas que me chamam de velha, a carne assada da minha avó, meu pijama, meu secador de cabelos, a bioplastia (rsrs), minha família insana. Ou até mesmo amar mais um dia qualquer e sem grandes emoções como tantos... Quando não se cria expectativas vc não corre o risco de se frustrar. E a melhor parte? Quando as coisas acontecem, elas ficam com gostinho de surpresa... Então, meu bem... Se vc ta aí, em plena sexta-feira com a rinite atacada, de pijama, sorriso aparelhado, em casa com a companhia do seu cachorro, aproveite! Pode ser que vc não tenha mais tempo pra curtir um momento assim (e acredite, vc sentirá falta) quando finalmente vc tiver alguém pra te fazer companhia. Aproveita, filha!!! Sua hora vai chegar. Enquanto não aparece o cara certo, nada de se divertir com o errado (ta vai, de vez em quando ta liberado! hahaha), curta vc, afinal de contas, não era isso que vc esperava que o outro fizesse? Faça vc mesma!

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